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Nada anormal

As vezes a vontade de enlouquecer e chutar tudo para o alto é mais forte do que a vontade de crescer. Eu fujo diante de dúvidas a respeito de mim mesma. Eu esquartejo meus pensamentos quando eles se direcionam ao "Como será o meu futuro próximo?". Não me revejo e questiono minhas ações, mas julgo minhas decisões em relação ao hoje, ao ato, ao agora. Acabo deixando tudo pra lá do que deixando aqui. Tenho pensado tanto nos dias em que eu ficava naquela praça suja com meus amigos do lado, uns tocando, outros cantando, outros soltando piadas e xingamentos, mas sempre com um vinho barato do lado. Eu realmente sinto falta de toda aquela graça e desgraça de não ter nada pra fazer e não ter com o que se preocupar. Eu envelheci, não sei quantos anos, minhas costas mentem a minha idade. Eu chorei, errei e também tentei consertar toda aquela bobagem de "Você atrasou. Você esqueceu de me ligar. Amanhã tem prova! Nem vem. Cara, não curto cigarro."  Eu meio que fui além de

Eu desaprendi

O meu céu escureceu naquela madrugada de quarta-feira, eu tinha apenas começado a voltar a rotina. E o baque. A revolta. O contratempo que me perseguia. Era manhã de quarta-feira as lágrimas profundas brotavam, fáceis e doloridas. Primeiro, eu quis fugir. Segundo, eu quis te esquecer. Terceiro, eu decidi. Eu sairia dali. Era uma sexta a noite, quando vi aquelas palavras : saudade; eu também. Meu corpo inteiro se distorceu. Se enfraqueceu. Enlouqueceu. Eu queria sair de mim. Eu quis, outra vez, fugir e te esquecer, mas decidi, decidi enfrentar aquilo que estava ali. O sábado me emudeceu. E eu deixei seguir. E então o domingo escureceu, aquela noite me enfureceu. Todas as palavras ditas com desejos me inundaram com a frase "eu não sirvo mais, eu não caibo mais, eu não devo mais estar aqui". Minha vontade de um futuro, de sonhos, sumiram, eu não quis fugir, nem te esquecer, eu quis me apagar. Eu não enlouqueci. Eu não me venci. Eu não desisti ou te deixei. O erro meu est